Roubaram-me.
Aquela era a minha canção. Não era nem a primeira, nem a última das canções da lista. Estava escondida no meio, como um segredo bem guardado. Não era assim tão melódicamente diferente das outras. E no entanto, como um segredo subliminar, algo naquela música despertou a minha atenção - era daquelas músicas desconhecidas para os outros, uma música que conhecia de cor, desde os instrumentos ás variações de voz da cantora. Nem vos sei dizer quantas vezes a cantei, repetidamente, pela boca ou pelo cérebro. Ninguém mais a conhecia ou gostava dela tanto quanto eu. Tinha arrepios na espinha só de prever o seu som. E no entanto, gradualmente, deixei de a ouvir. No meu mp3, outros cds a substituiram. Mas ela estava sempre na minha cabeça, um amor adiado, acreditem!
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